Dentre os assuntos tratados, mereceu destaque a exigência de agregar valor aos produtos brasileiros
Os temas do encontro, entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Embaixada do Reino Unido, foram o desenvolvimento e fortalecimento da parceria tripartite entre Brasil, África e Reino Unido e os objetivos de desenvolvimento econômico e sustentabilidade destes países.
A ministra da Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperação, Renata Miranda, recebeu a delegação britânica liderada pela assessora ministerial Melaine Hopkins e destacou que a troca de experiências entre os países permitiu ao Brasil ter tecnologia, inovações de campo e pesquisas de ponta, como fixação biológica de nitrogênio, uso de pastagens degradadas, regeneração florestal, integração lavoura-animal-floresta, manejo sustentável da produção, dentre outros importantes temas.
A ciência tropical no Brasil está liderando o caminho, mas ainda não é amplamente considerada nos principais debates e fóruns internacionais sobre diretrizes de mudanças climáticas, especialmente em relação ao carbono e aos fatores de emissão de gases prejudiciais e que contribuem diretamente para o efeito estufa do planeta.
O Ministro-Conselheiro acredita que o Brasil é um ator global cuja voz na ciência tropical precisa ser ouvida e que o Reino Unido pode ser um canal com outros atores globais relevantes, tais como, países, órgãos internacionais, indústria, investidores, entre outros, para as experiências de desenvolvimento sustentável, ressonância com as organizações ambientais no Brasil, muitos dos quais trabalham com o Reino Unido há mais de uma década neste propósito.
Um dos principais temas destacados pelo secretário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento foi a necessidade de agregar valor nas cadeias produtivas brasileiras, principalmente aquelas que incluem pequenos produtores do meio rural e incentivam a participação feminina.
Para o site oficial do Mapa, Renata Miranda, ministra da Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperação, afirmou que, “A agronomia sustentável brasileira é diferente e melhor em diversas características. Mesmo no Brasil, há muita heterogeneidade a ser considerada e as soluções devem ser baseadas na realidade da produção, necessitam ser adaptadas e refletir os resultados que afetam as regiões, considerando todas as suas especificidades, desafios e oportunidades”, explicou.
Outro tópico de interesse destacado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento foi uma discussão mais detalhada das novas leis do Reino Unido para prevenir o desmatamento ilegal e proteger as florestas tropicais para identificar, não apenas as potenciais barreiras ao comércio agrícola brasileiro, mas também, as melhores oportunidades de mercado na Grã-Bretanha para os produtos que atendam aos requisitos de durabilidade estabelecidos pela legislação do país.
O encontro ainda contou com a presença de Sibelle Silva, Diretora de Produção Sustentável e Irrigação (DEPROS) e Bruna Cerqueira, Diretora de Clima, Natureza e Energia do Reino Unido, e Ana Gutierrez, Diretora de Clima e Agricultura Sustentável.
